Claro que você já ouviu falar de IoT (internet das coisas), big data e inteligência artificial. As empresas estão apelando para análise de dados em quantidade massivas (analytics), graças às novas capacidades dos computadores e internet, para rastrear produtos e pessoas, realizar previsões comportamentais e econômicas e assim fazer a oferta certa, para a pessoa certa, na hora certa. Uma outra vertente, o machine learning, são as máquinas que aprendem a partir dos dados e assim já estão escrevendo textos jornalísticos e respondendo comentários nas redes sociais. Sim, você pode estar falando ou lendo um artigo produzido por um bot. Agora imagine isso tudo a serviço da qualidade de vida dos maduros…! É a GERONTOTECNOLOGIA.

Também chamada de life analytics services voltados especificamente para os idosos, a Gerontotecnologia captura dados de três origens: smart home (casa), smart wellness (bem-estar) e smart community (comunidade). Imagine o seguinte cenário: já está escuro na rua e sensores na casa da pessoa percebem que as luzes não foram acessas, nem a porta aberta e não há movimentação nos cômodos. O sistema percebe a anomalia e entra em alerta, pois a pessoa pode ter tido um mal súbito. Ou cruza o dado da luz com a chamada que foi feita pedindo um Uber, um compromisso na agenda digital e monitora o deslocamento via sinal do celular ou um bracelete com GPS, concluindo que está tudo normal e o morador está fora de casa mesmo.
Um outro exemplo: pessoas que estão na iminência de sofrer um derrame se tornam mais lentas, então sensores dentro da casa poderiam perceber que o padrão mudou e prever o ataque. A empresa K4Connect é uma das que oferece ferramentas smart para espaços de habitação senior. Vinculados a bancos de dados da indústria da saúde (prontuários médicos, farmácias e diagnósticos), eles podem ajudar o paciente a lembrar da hora e do tipo de remédio, ou perceber pela frequência ou demora na recompra que a pessoa não está tomando as medicações nas doses certas. E disparar alertas para médicos, cuidadores e familiares.
Os baby boomers estão entrando na chamada 3a. idade (conceito bem discutível), e já têm intimidade com a tecnologia digital (smartphones, iPads, apps), então a adoção de dispositivos com esse tipo de monitoramento, embora invasivos em certo nível, pode ter grande serventia para garantir ainda muitos anos de autonomia e produtividade. Trata-se de perseguir uma melhor gestão da saúde e bem-estar, segurança na moradia e conectividade social, evitando o isolamento – que acaba causando depressão, solidão e tédio. Vários estudos comprovam que a velhice é melhor vivida quando a pessoa sente que é autossuficiente e tem sua própria casa.
O MIT AgeLab, a AT&T e o Centro para Inovação e Tecnologia do Envelhecimento criado pela Maplewood Senior Living são exemplos de investimentos em equipamentos high-tech para melhorar a qualidade de vida dos maduros:
- Rendever Realidade Virtual: óculos de RV especificamente desenhados para seniores, que oferecem uma experiência imersiva de divertimento, estímulo à memória, conexões sociais e redução de estresse e ansiedade. Pode ser usado em grupos, que acessam os conteúdos simultaneamente.

Eversound: fones de ouvido sem fio que cancelam ruídos e são customizáveis, para ajudar a escutar melhor durante atividades de grupo como aulas, bingo, cinema, melhorando as interações. Cada pessoa pode ajustar o volume e conectar-se diretamente com a fonte do som, sejam filmes, músicas ou microfones. Curiosamente, outros sentidos parecem melhorar também quando a audição está funcionando bem.
Sistemas de Prevenção e Detecção de Quedas: tecnologias com sensores que iluminam os pisos e mapeiam o espaço na vertical e horizontal. (veja aqui o exemplo da MariCare Oy).
Skype Lounge: salas com telas grandes e som de alta qualidade para facilitar a comunicação via Skype dos moradores com seus parentes e amigos, podendo participar remotamente de comemorações ou passeios.
Care Dryers: sistema de secagem por infravermelho e jatos de ar após o banho, para evitar o problema de pele sensível e mobilidade limitada. Além disso, o calor ajuda nos casos de reumatismo.

- Theora Care: é um wearable misto de relógio de pulso e celular para quem sofre de Parkinson, Alzheimer ou confusão mental, que monitora os deslocamentos do idoso e manda alertas quando ele ultrapassa uma zona pré-determinada, permitindo a parentes e cuidadores entrar em contato com ele.
- Aware Car: criado pelo MIT AgeLab, é um carro driverless projetado para seniors, que grava dados sobre o motorista em tempo real, como batimentos cardíacos e tracking dos olhos. É um produto irmão da cadeira de rodas robótica e autônoma, que aprende o layout do ambiente (hospital, centro de reabilitação, casa), usando sensores e pode ser comandada por voz.

- Brinquedos farma: em forma de pets ou bonecos, esses robôs terapêuticos procuram usar a conexão emocional para convencer e ajudar de forma lúdica o idoso a seguir os tratamentos, tomar seus remédios corretamente, se alimentar e hidratar, ou oferecem estímulos cognitivos e afetivos para combater ansiedade e solidão. É o caso do ElliQ da Intuitive Robotics, da foca peluda japonesa Palo, do cara-de-cartoon Mabu da Catalia Health, do Misty da Misty Robotics ou do iPal da Avatar Mind.

Não por acaso o Google, por meio do seu braço de inovação Google Ventures, já investiu em mais de 300 startups na área de saúde, ciência ou mobilidade, muitas delas relacionadas ao envelhecimento. O Google Glass, a aquisição da empresa de automação residencial Nest Labs, da iRobot e da colher para portadores de Parkinson da Lift Labs, são exemplos. A Apple também já entra com seus dispositivos eHealth Kit e Wellness. Como se vê, a Gerontotecnologia será um campo fértil para a inovação nos próximos anos e tão presente nas nossas vidas quanto uma cafeteira ou smartphone.
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