Já faz algum tempo que tenho cultivado um sonho dourado: criar minha própria floresta.
Uma grande preocupação é a degradação do meio ambiente e a redução da produção de alimentos de forma artesanal como a produção familiar.
Cresci com meu pai plantando de tudo numa fazenda em Minas Gerais. Tínhamos vários tipos de frutas, verduras, legumes e sementes. Meu pai plantava e colhia quase tudo que comíamos. Hoje meus irmãos e sobrinhos que permanecem trabalhando na terra compram quase tudo no supermercado. Dizem que sai mais barato do que plantar. E ao mesmo tempo as águas estão desaparecendo. Minha terra que chamava Rio do Peixe e depois mudou o nome para Piracema porque de suas águas saía grandes peixes, hoje tem um rio assoreado e sujo.Nesta manhã assistindo o Globo Rural, vi uma reportagem maravilhosa sobre como os agricultores, ambientalistas e indígenas se unem para reflorestar fazendas, chorei de emoção e esperança
Ao mesmo tempo, senti uma dor no coração: o que estou fazendo para realizar meu sonho?
Tenho exemplos lindos perto de mim, um deles é Ana Claudia Nery. Ela começou cedo sua trajetória profissional. Fez duas graduações e 2 pós graduações até 40 anos. Começou como professora e desenvolveu sua carreira como executiva na hotelaria de luxo onde passou a maior parte da vida profissional. Foram 30 anos, entre Rio e São Paulo, e algumas centenas de viagens internacionais a trabalho, conheceu mais de 50 cidades pelo mundo. Fez diversos cursos de especialização na área, inclusive Gastronomia na Faculdade de Lausenne na Suíça e gestão hoteleira na Cornell University. Casou com 40 anos

Em 2014 decidiu começar a se preparar para uma mudança radical para ter mais tempo para família, cuidar de si mesma e realizar um sonho. Se matriculou na faculdade de Direito e como é danada, ainda faltando 1 ano para concluir o curso de Direito, passou na temida prova da OAB. Emendou com uma pós-graduação em Direito Público, uma nova pós em Gestão Fiscal, com disciplinas que nunca tinha visto, como Matemática Financeira, Contabilidade e Estatística. E foi aí que deu o grande salto: pediu demissão e abriu mão da carreira de executiva de multinacional .
Agora na faixa de 50 anos, estamos descobrindo uma nova Ana: ela que mal chegava perto do fogão agora está fazendo comidas requintadas e saborosíssimas enquanto se debruça sobre livros e novo curso de preparação para um Concurso Público na área Jurídica.
E eu e você? O que estamos dispostos a abrir mão para realizar um sonho? Acho que está na hora de eu me mexer e começar a plantar uma semente.

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Siga em frente!
Muito inspiradora a estória da Aninha, que se libertou de amarras para alçar voo por outros céus. Falando assim parece simples…. mas como é complicado… como da medo ter coragem !
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A história de vida da Ana realmente é como um tapa na conveniência e nos faz refletir a respeito do que estamos fazendo ou abrindo mão pela nossa felicidade .
Tempo, idade e estabilidade não foram obstáculos para que ela experimentasse novos sabores de realizações.
Inspiradora!
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