Depois de tanto tempo com a restrição da liberdade devido ao Covid-19 quem não está com vontade de sair do seu casulo?

Ainda mais as pessoas que como eu que nasceram com rodinhas nos pés, ou como diriam em Piracema – MG, comeram canela de cachorro. Amamos fazer uma mala.
Minhas irmãs Stael e Shirley estão sonhando apenas em ficar hospedadas em um belo hotel. Onde? Que importa? O destino é o hotel em si. Não ter que arrumar a própria cama, tomar um bom café da manhã e ter alguém que sirva o almoço e o jantar sem ter que lavar a louça depois.
Todas nós tínhamos algumas viagens marcadas ano passado que tiveram que ser adiadas. Nossa grande viagem de família (12 pessoas de diferentes gerações) seria para o navio Iberostar Gran Amazon que está atracado desde o início da pandemia. Adiamos para junho/21, mas sabemos que dificilmente poderemos viajar se o ritmo das vacinas continuarem como estão.
Fui convidada esta semana para falar sobre viagem para os 60+ no podcast Linha do Tempo da BandNews com a inteligente colunista Inês de Castro e o professor, meu colega do curso de Economia da Longevidade da FGV , Martin Henkel. Foi uma delícia de conversa, falando o desejo e as características de viagens de pessoas que já não querem fazer apenas um turismo “empacotado” ouça aqui.
Todos nós estamos esperando ter a oportunidade para nosso “turismo de vingança”. Será uma revanche contra esta pandemia que nos tirou tantas coisas: vidas de pessoas amadas, convívio com os familiares e amigos e prazeres como um bom papo numa mesa de restaurante ou uma viagem de descompressão.
Mas agora temos que nos concentrar em aproveitar o tempo de estar dentro de casa para nos cuidar, cuidar dos mais próximos e evitar que também nós sejamos uma vítima fatal.
Minha mala está lá, me encarando, quase gritando, quando é que você vai me levar para passear?
