
Você sabia que a cantora pop Rihanna escolheu uma modelo 60+ para ser a musa de sua grife Fenty? Pois é, JoAni Johnson, nascida no Harlem de pais imigrantes jamaicanos, tinha esse hábito de caminhar todo domingo com o marido pelas ruas de NY para se alimentar de novidades. Numa dessas andanças, um fotógrafo pediu para tirar sua foto, provavelmente impressionado pela cabeleira grisalha longa e lisa, a figura alta e esbelta de traços fortes e incomuns. Nascia aí sua carreira, que tomou ainda mais impulso quando ficou viúva apenas 2 meses depois do seu primeiro desfile de modas para uma grife alternativa.
Aos 96 anos, Inge Ginsburg, uma sobrevivente do Holocausto, é a vocalista de uma banda de heavy-metal na Suíça!!!!

E Baddiewinkle tornou-se sensação no Instagram aos 90 anos postando fotos com roupas exageradas e produção mais ainda, tendo 3,8 milhões de seguidores.

Já publicamos aqui a iniciativa da Unilever de usar a excêntrica Iris Apfel de 97 anos como modelo do sorvete Magnum, que faz parte do cast da famosa agência IMG e tem até uma versão de boneca Barbie à sua imagem.
“Uma resposta deliciosa a uma cultura que estigmatizou os velhos como sem graça, precisamos de gente que mostre como a idade pode ser forte, eloquente e bela” – Aaron Hicklin | The Guardian

Para falar de brasileiras, temos a Helena Schargel, que lançou sua grife de lingerie Cápsula 60+ aos 79 anos, com direito a desfilar ela mesma as suas criações na passarela. Ou a “papisa da moda” Costanza Pascolato, que teve sua interessante trajetória contada num artigo, onde se destaca o fato de casar pela 3a vez aos 55 anos, com o produtor musical Nelson Motta, formando o casal mais imprevisível e descolado do eixo Rio-SP-NY. Transgressora desde jovem, deixou marido e filhos para viver a paixão por um nobre europeu, com quem esteve casada por 19 anos, sendo deserdada pelo pai e ressurgida ao assumir – e tornar um ícone da moda – a indústria têxtil da família, a Santaconstancia. Perto de completar 80 anos, continua uma referência de estilo, sintonia com a época e elegância de alma.
Todas essas mulheres fazem parte de um fenômeno crescente de Branding 50+, onde as marcas (principalmente de moda) se engajam contra o racismo e a misoginia para atrair os consumidores millennials. E isso passou a incluir recrutar gente mais velha, não apenas negros, LGBTQ+ ou PCDs.
Se este artigo mostra apenas mulheres, é porque sempre recaiu sobre elas o maior peso de cobranças por uma estética perfeita e eternamente jovem, o estigma de não poderem ter relacionamentos com homens mais novos, serem “obrigadas” à maternidade ou estarem inaptas ao trabalho depois de certa idade. Por isso, é bonito ver tanta gente se reinventando e surfando nas novas possibilidades que estão se abrindo – cada vez mais – na economia da longevidade. Aliás, a Simone Lara vai participar de um super evento, o Longevidade Expo Forum, que começa dia 29 de setembro, e depois fará a reportagem completa por aqui.
Quanto a mim… estarei curtindo o Rock in Rio! #youngatheart
Isso aí, Patricia! Que tenhamos saúde para aprontar muito!!!
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Minha amiga, isso você tem de sobra! Fico impressionada com a sua energia! Que continue sempre com essa luz brilhando.
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Linda reflexão e pura verdade ! Somos 50+ e temos a energia do jovem, a alegria da criança, a curiosidade do adolescente e a certeza da felicidade e do respeito ao próximo ! Vamos com tudo, vamos juntos !
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Que privilégio ter você nos acompanhando, querido Ricardo! Com certeza ainda temos muita lenha boa para queimar! kkkk
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