Liberdade Capilar

O cabelo quase sempre chega antes das pessoas.  Mais que uma moldura, ele serve também para dizer quem você é.

Se acha que estou exagerando, pense nas religiões que ditam a proibição de mostrar os cabelos para os outros: freiras, mulçumanas, judias ortodoxas, ciganas entre outras, cobrem a cabeça. Nos anos 60 foi através dos cabelos que os negros mostraram sua força no movimento Black Power.

Por muitos anos, deixar os cabelos grisalhos era considerado um desmazelo. O homem de cabelos grisalhos era charmoso, mas a mulher uma velha descuidada.  Recentemente este jogo virou. Muitas mulheres decidiram assumir e honrar suas madeixas pratas.

Conversei com algumas delas e muitas me disseram que é estranho como tantas pessoas as abordam para falar deste tema. Uma professora da PUC RJ me disse que já foi questionada por pessoas de diferentes idades, de porteiros a diretores de departamento,  do porque ela estava deixando de pintar os cabelos.

Basta fazer uma pesquisa em qualquer buscador na internet para ver a quantidade de matérias sobre o assunto e como cada dia mais artistas, executivas, formadores de opinião  e  gente comum, tem se assumido também através dos cabelos.

O assunto até gerou um documentário: Branco e Prata que discute porque até hoje a liberdade capilar incomoda e  como isto proporciona  uma sensação de liberdade de escolhas na vida.

A decisão de ter cabelos naturais também dá uma sensação de  empoderamento , que alguns chamam, como uma matéria do Globo,  de revolução grisalha.  

E há ainda, as mulheres que vão mais longe: estão pintando seus cabelos de cores diferentes: azuis, verdes, rosas e vermelhos fortes. Estas dão um passo a mais. As da não convenção total. As que não importam quantos anos tem na carteira de identidade. Se olham no espelho e se acham lindas, querem cores, flores e alegria.

Este fim de semana, encontrei com duas lindas Cinzas Poderosas: Eliane Lima Barros de 54 anos, que exibe lindos cabelos longos e prata e Elisabete Souza, 55 anos,  que há mais de 10 anos tinge seus cabelos da cor do fogo.

E com que orgulho elas ostentam suas cabeleiras pelo salão!

E nada mais me resta dizer que: Meus cabelos, minhas regras!

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