Padrão de beleza e a mulher real

Theresa Freire , linda, madura, forte, poderosa.

Até que ponto a moda te representa? Ou os modelos publicitários refletem sua imagem?

Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva, 77% das pessoas acima de 50 anos não se identificam com as campanhas publicitárias.

E a indústria da moda continua a marquetear em cima de corpos quase impossíveis de serem alcançados pelas pessoas normais.

Existem pequenos movimentos, onde em vez de modelos, mulheres mais reais começam a aparecer nos catálogos e nas passarelas.  A imagem padronizada, dá lugar a uma diversidade de tipos físicos, idades, classes sociais, etnias e profissões. Além de propor um novo olhar para a beleza feminina, as marcas querem se aproximar de suas consumidoras, mostrando imagens bem mais próximas da mulher real e possível.

Hoje quero trazer um exemplo de uma pessoa que trabalha no setor de modas e que resolveu subverter os paradigmas.

Theresa Freire iniciou sua carreira na indústria da moda em meados dos anos 70, como modelo exclusiva da grife Bárbara Hulanick ( proprietária da Bibba em Londres). Três anos depois foi convidada a trabalhar na grife Huis Clos como gerente de atacado onde também  participava na criação, função que exerceu por 5 anos. Em seguida foi trabalhar na  Mara Mac, experiência que durou por 14 anos.

Quando se desligou da empresa pensou em tirar um sabático, mas a inquietação fez com que “um longo tempo de férias” durasse apenas 3 meses. Os convites chegavam de vários ramos, inclusive decoração, mas seu amor pela moda persistia. Uma rápida passagem desenvolvendo peças para uma loja de uma amiga em  Búzios reforçou a decisão que queria criar sua própria marca.

Assim nasceu a TF, Teresa Freire, moda praia, explorando a sofisticação da mulher na praia, na piscina ou num barco, enfrentando  todos os desafios de um novo empreendimento em um país com sucessivas crises. Com persistência começou vendendo para amigas, algumas lojas de atacado e algumas peças para Miami.

Iniciando a 2ª coleção, recebeu um catálogo da artista plástica Patricia Secco, se encantou com  arte, e teve a inspiração de usar seus desenhos. A artista assim que recebeu o  projeto topou na hora.

O lançamento, costurado por outra amiga Katia Avillez,  foi com  um desfile no Palácio da São Clemente para 600 convidados. Junto com modelos profissionais havia pessoas fora do mundo da passarela: Gloria Maria, Angelita Feijó, Alexia Deschamps, Agatha Rippel do vôlei, e a princesa Maria Cristina de Orleans e Bragança (Kitty).  O sucesso foi total e a repercussão grande, destaque na revista Ela do jornal O Globo, cobertura do RJTV da TV  Globo, entre outras mídias.

Desta experiência, surgiu  uma aliança, e a TF passou a ser a ser Revoada Rio, das sósias Theresa Freire e Patrícia Secco.  Os desafios  continuam, mas a garra e o prazer de realizar maior ainda. E ambas, Cinzas Poderosas, estão partindo para  a 4ª coleção.  

Num momento em que se discute se existe mesmo um único padrão de beleza, saia da idealização da passarela, do corpo alto e magro, e dê uma olhada no espelho.

Aproveite e analise as mulheres à sua volta, suas amigas, seu grupo de convívio.  Quantas delas se encaixam no padrão passarela?  Não se torture para alcançar um ideal de beleza.

Sabe como ter um corpo de praia? Tenha um corpo, vista um biquíni no qual se sinta confortável, vá para praia e aproveite!

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