Nos últimos seis meses venho enfrentando uma maratona de visitas a médicos e de exames. Sempre brinquei que era fácil ser médico porque havia dois diagnósticos prontos: stress e virose. Não importam quais são os sintomas, em qualquer um dos dois se encaixam. No último ano, acrescentei mais um na minha conta: climatério.
Brincadeiras à parte, respeito muito os médicos e vendo o sacrifício de sobrinhos netos e de seus pais para se formarem em medicina, passei a respeitar ainda mais.
Mas o fato é que ser paciente não é fácil. A cada dia parece que os médicos estão mais apressados, com menor predisposição de olhar a pessoa a sua frente como um ser completo. Cada um deles vê o pedaço a que te corresponde: vísceras, ossos, aparelho reprodutor, etc., poucos têm um olhar holístico.
Esta semana lendo o artigo Medicalização da vida: remédios são cada vez mais usados sem necessidade, lembrei-me de saga nos últimos meses.
Em outubro comecei a acordar de madrugada com dores abdominais e como recém tinha mudado a medicação devido ao climatério, corri para a ginecologista. Seu primeiro diagnóstico foi “stress ou depressão” e, por conseguinte me receitou um antidepressivo. Tomei o primeiro sem ler a bula, confesso que não tinha entendido bem suas recomendações e quando li, eu decidi de imediato suspender. Eu não me sentia sequer triste, eu estava com sono, não dormia pelo desconforto abdominal, não podia aceitar este diagnóstico.
Então comecei minha caminhada: clinico geral: muito trânsito alimentar – suspenda os alimentos integrais e tome medicamentos. Gastro: pouco trânsito alimentar – mude os medicamentos. Nutróloga: fermentação causada por alimentos – sem exames, mandou suspender uma lista enorme de alimentos e tirou da gaveta uma dieta pronta. Eu não via resultado algum e continuei tentando novas abordagens, até que a proctologista pediu exame para ver a famosa intolerância alimentar. Bingo: intolerância a lactose que gerou uma série de desequilíbrios no organismo.
As intolerâncias alimentares têm me surpreendido. Raro é encontrar quem na nossa idade não tem alguma restrição. Também me chama a atenção a quantidade de gente que está recorrendo aos ansiolíticos ou algum remédio tarja preta. Sem preconceito, se o recurso existe deve ser usado, mas às vezes me parece que o melhor remédio é: ter amigos, boas risadas, exercício físico e boa alimentação.
E como prevenção para tudo: jogar fora os rancores, as dores, as chatices e valorizar cada gesto de afeto, cada oportunidade de estar entre gente querida e lembrar que ser do bem, faz bem.
E você, qual sua intolerância? Tem alguma alergia? Deixe seus comentários e compartilha com a gente.

Que delicia de texto; super representada! Agora mesmo estou sentada aguardando o chamado para uma consulta, e veja só: também na Califórnia, onde estou morando, encontrei o mesmo modelo. Médicos apressados, restritos apenas às sua “áreas” de atuação. Com dores na lombar, no joelho esquerdo, e no pé direito … de repente me dei conta de que fui encaminhada à três médicos diferentes, e nem ao menos na mesma clínica. Todos ortopedistas; porém, quem “faz” coluna não faz joelhos, e não faz pés. Que absurdo!
E, como com o tal do climatério 😂😂, ao que parece as idas ao médico serão intensificadas, resta estar munida de muuuuuita paciência para encarar o novo desafio!
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Kkk estou de cama com febrinha há 2 dias com uma baita dor no estômago, e todo mundo dizendo que “tem uma virose braba por aí “. Acho que a culpa foi daquela kombucha natureba que inventei de misturar na minha vitamina de banana com leite! 😉
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Como é bom envelhecer junto com as amigas! Tudo fica menos solitário e misterioso. Essas mudanças sorrateiras e silenciosas nos nossos hormônios e taxas devem ser bem cuidadas.
Já tive a fase de muitas medicações inclusive para cuidar de uma síndrome metabólica q veio me visitar juntamente com a menopausa. Hoje eu controlo as duas, e não mais sou controlada por elas.
Ahhhh tb desenvolvi alergia a camarão, mas o melhor de tudo é a minha intolerância ao passado fora do lugar! Q ele voe para as lembranças, e me deixe leve como uma folha.
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Oi!!!! Neste rebuliço de coisas, aparecem tantas coisas que não sabemos da onde vem, hoje em dia existe médico disso daquilo e nenhum interliga com o outro. Como é difícil …. 🙃 E temos que ir vivendo, nos encontrando e equilibrando o nosso organismo . Puxa!!!! Acho que temos que nos cuidar como você mesmo disse rindo, sendo felizes, comendo coisas de boa qualidade e nos exercitando.😍😄🤩😘
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